segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Exílio

Banida, exilada.
Desterrada dentro
do próprio refúgio.

Repúdio, rejeição,
Afecção, estranheza,
Neste covil que se encontra
Dentro da própria cabeça.

Longe ou perto,
não importa,
o exílio é concreto,
fato, decreto.

E neste impossível intercâmbio
de corpos, de alma
de afeto
Fez desse exílio um martírio,
aniquilamento completo.

E este coração sem pátria
( cabeça - lar - amor - aconchego )
vive agora á ermo,
perdido, sem sonho,
á deriva dentro do peito.

Sem nenhum simbionte,
pervagando no rio do infortúnio,
chamado Aqueronte.